Caminhoneiros bloqueiam ao menos três estradas em Minas; veja quais

Caminhoneiros fecharam trecho próximo ao KM 513 da BR-381, altura de Igarapé, na Grande BH(foto: FRED LIMA/DIVULGAÇÃO)
Caminhoneiros fecharam trecho próximo ao KM 513 da BR-381, altura de Igarapé, na Grande BH (foto: FRED LIMA/DIVULGAÇÃO)

A Polícia Rodoviária Federal de Minas Gerais (PRF) confirma bloqueios articulados por caminhoneiros em ao menos três estradas mineiras na manhã desta quinta-feira (9/9).

Segundo a corporação, um dos pontos do protesto – que começou no  feriado de 7 de setembro em todo o País – é no KM 513 da BR-381, próximo a Igarapé, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Motoristas ocupam a faixa direita e o acostamento da rodovia, impedindo a passagem de caminhões. Veículos com carga perecível, além de ambulâncias e carros de passeio têm passagem liberada. O congestionamento no local já supera 8 KM.
Outro ponto bloqueado é na BR-262, na altura de Juatuba, também na Grande BH. A mobilização segue esquema semelhante, com retenção apenas de veículos de carga. De acordo com a PRF, às 6h, não havia lentidão no trecho.

A BR-040, próximo a Conselheiro Lafaiete, na Região Central de Minas, também chegou a ser interditada. A pista, no entanto, foi liberada nos dois sentidos às 3h30. O congestionamento chegou a 1 km nos dois sentidos por volta de 1h.

De acordo com o presidente do Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sinditanque-MG), Irani Gomes, além de fechar as estradas, os caminhoneiros também reduziram as entregas de combustíveis.

Na terça-feira (7/9), a categoria chegou a realizar uma paralisação total, com tanqueiros enfileirados em postos e na porta da Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim, Região Metropolitana de Belo Horizonte.

‘Liberdade de expressão’

O presidente do Sinditanque-MG afirmou ontem ao Estado de Minas  que o protesto é solidário às reinvindicações dos atos pró-governo realizados nea terça-feira (7/9), que pediram fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e intervenção militar. Gomes, contudo, nega que o grupo não apoie medidas antidemocráticas. Segundo ele, o movimento critica sobretudo a postura do Ministro Alexandre de Moraes.

Na sexta-feira (3/9), o magistrado autorizou diligências requeridas pela PGR que resultaram na prisão do blogueiro bolsonarista Wellington Macedo, investigado por suspeita de envolvimento na organização de atos antidemocráticos de 7 de setembro.
Moraes também comanda inquéritos que investigam Bolsonaro. Um deles é o das fake news, que apura a divulgação de notícias falsas e ameaças a ministros da Suprema Corte. A ação embasa o pedido de impeachment protocolado pelo presidente contra o ministro no Senado Fedral em 20 de agosto. Bolsonaro acusa Alexandre de agir de “modo parcial”, sendo ao mesmo tempo vítima, acusador e julgador da investigação.
“O que a gente defende é a liberdade de expressão. Queremos que a Constituição Federal seja cumprida nesse sentido. Não defendemos intervenção militar, nem fechamento do STF. Isso, quem quer é uma minoria”, ponderou Irani Gomes.
Outra bandeira da mobilização é antiga. Segundo o líder sindical, trata-se da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrada em Minas sobre os combustíveis, fixada em 15% – a maior do Sudeste.
O caminhoneiros queram a redução da taxa para 12%, mesmo índice praticado em estados como Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo.
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Com EM