Estrada mineira volta a ter buracos dois meses após recapeamento

Buracos na altura do KM 54 da MGC-497
Buracos na altura do KM 54 da MGC-497 (foto: Vinícius Lemos)

Cerca de dois meses depois da entrega do recapeamento, o trecho da rodovia estadual MGC-497, entre Uberlândia e Prata, no interior de Minas, voltou a apresentar buracos na pista em sua primeira estação chuvosa. Os estragos na via relembram aos motoristas o pesadelo vivido há anos na viagem de 70 quilômetros entre as duas cidades do Triângulo Mineiro.

O recapeamento da rodovia é tão recente que não houve tempo de a sinalização horizontal ser terminada. Próximo à cidade de Prata, as faixas laterais da pista ainda não foram pintadas no asfalto. Segundo nota enviada pelo Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG), o que impede a finalização das faixas é a chuva. “Serviço que só pode ser executado quando houver tempo e a pista estiver sem umidade”, informou.
A reportagem percorreu todo o trecho entre as duas cidades e pôde constatar que há buracos nos dois sentidos. A maior concentração deles, contudo, está no sentido Prata-Uberlândia.
Em 2022, uma empresa contratada pelo DER-MG fez o recapeamento da via ao custo de R$ 70 milhões. O início da execução teve atraso de aproximadamente dois meses e se estendeu entre abril e outubro do ano passado.
De acordo com o DER-MG, o problema é acompanhado pelo Governo do Estado. “As irregularidades mencionadas foram identificadas e o Departamento já acionou e notificou a empresa responsável pela obra para fazer as correções necessárias”, diz a nota enviada pelo departamento.
A MGC-497 era conhecida pela má qualidade do asfalto, que se deteriorou durante os  últimos anos, com buracos e pavimentação desgastada. A volta desses problemas chama a atenção por não suportar as chuvas mais frequentes.
“Eu reparei alguns buracos recentemente, achei estranho, porque o asfalto é novinho, né?”, disse o produtor rural Michel Nelson. “Isso aqui era ruim demais, já tive muito problema com mola de caminhão meu. Não pode deixar ficar daquele jeito de novo”, afirmou o motorista profissional Sálvio Fonseca, que contou fazer o trecho de Uberlândia a Prata até três vezes por mês.

Com EM