Felipão no Atlético, Zé Ricardo no Cruzeiro e Bustos no América. Com ou sem eles em 2024?

Futuro de Luiz Felipe Scolari e sua comissão técnica é incerto (Foto: @Atlético)

Faltam ainda oito rodadas para acabar o campeonato mas a maioria dos torcedores está pensando é no que será dos seus times na próxima temporada.
O futebol mineiro não tem muito o que comemorar este ano, já que terminamos de forma frustrante, sem um título de expressão. O Atlético com um dos elencos mais caros do país luta por mísero 6º lugar, fim “honroso” que lhe garante vaga na Libertadores da América.

Depois de três anos o Cruzeiro retornou à Série A e briga por uma posição “honrosa” também. Se ficar até em 16º estará bem porque significa permanência na primeira divisão.

O América gerou enorme expetativa para 2023. Com um time aparentemente bem estruturado, sem passar apertos financeiros, fez boas campanhas no Mineiro, Copa do Brasil e Sul-americana, mas calculou mal o elenco e faltou gás para a maratona da competição mais importante que era o Brasileiro. A queda para a Série B está na contagem regressiva.

O Galo já deveria estar concentrado na remontagem do elenco para 2024, bem como uma nova comissão técnica. Até peço aqui que os atleticanos se manifestem sobre a permanência ou não do Felipão, pois tenho a minha convicção sobre ele: não deveria ser o técnico para o próximo ano. Não vejo nele o perfil de quem montará um time equilibrado, com jovens e veteranos que possam evitar os erros repetidos este ano. Não vejo nele paciência nem energia para aguentar a pauleira que é o calendário do futebol brasileiro, num clube que quer brigar por títulos e não apenas posições honrosas na classificação final. Nas entrevistas ele demonstra isso. Perder em casa para Curitiba e Cruzeiro não o tocam como deveria tocar a qualquer treinador que almeja longa carreira em times de ponta do futebol. Mas ele tem fãs fortes na cúpula que manda no Atlético, portanto, são grandes as chances de ficar.

Foto: @América

No Cruzeiro, Zé Ricardo foi contratado para iniciar um trabalho exatamente para o ano que vem e seu contrato será mantido. É um bom treinador e deverá ganhar reforços de verdade, além de gostar de trabalhar com atletas da base.
Sobre o argentino Fabián Bustos, eu até achava que também deveria ser substituído, mas o americano Marcelo Amorim, que acompanha até treinos do Coelho, o defende com argumentos muito positivos e pede a cabeça é do comando do futebol.

Confira:
* “Chico, o Bustos não é dos piores. Tem dado chance para a base pelo menos e o time compete. Agora com todo respeito, os dirigentes do América fizeram tudo errado e precisam sair.
Senão vejamos: montagem errada do elenco (na primeira rodada, contra o fluminense, alertamos aqui sobre a MÉDIA de idade do time que entrou em campo: 32 anos); guarida para condenado por duplo homicídio; guarida para agressor de mulher; guarida para funcionário que agrediu torcedor no aeroporto; casamento com o Mancini, mesmo todo mundo vendo que não dava mais certo; horrível política de venda de ingressos; venda de mando de campo.
Elenquei os principais. Em relação ao aspecto da venda de mando, já que aceitaram jogar só com torcida do Atlético, fizessem o jogo no Mineirão.
Chico, mesmo com todos os custos, e com a demanda da torcida do Atlético por ingresso mais acessível, se colocassem ingresso a 50 reais, eu te garanto que teriam mais renda do que em Uberlândia sem esse desrespeito aos poucos sócios que temos.
Sou muito grato pelo que fizeram no passado, mas é preciso mudar. Gente nova, que respeite a torcida e que não ache que o clube é deles”.

* Marcelo Amorim

Foto: @ggaleixo/Cruzeiro