“Ficha ainda não caiu”, diz pai de jovem morta com tiro na cabeça durante pagode no Aglomerado da Serra

As polícias Militar e Civil estão acompanhando um caso de um provável feminicídio, que causou a
morte de Alice Barbosa de Miranda
, de 26 anos, na madrugada deste sábado (5), durante um pagode no Aglomerado da Serra, na região Centro-Sul de Belo Horizonte.

Ela foi morta com um tiro na região entre a cabeça e o pescoço, quando estava no evento conhecido como “Pagode do 90”. No momento, a vítima estava com seu companheiro, identificado pelo vulgo “Di Fato” — principal suspeito do crime.

O homem tem passagens por tráfico de drogas, tortura, lesão corporal, entre outras. À Itatiaia, testemunhas — que não quiseram se identificar — que estavam no local do crime informaram para os militares que o casal teria brigado por ciúmes.

De acordo com as fontes, eles teriam ido até o segundo andar de um estabelecimento próximo para que a Alice utilizasse o banheiro e foi quando, segundo as testemunhas, Di Fato teria discutido com a vítima, sacado a arma e atirado contra ela.

Depois do crime, o suspeito fugiu do local e ainda não foi localizado. A Itatiaia conversou com o pai da vítima e ele informou que ficou sabendo da morte da filha por volta de 1h da madrugada. Segundo o pai, ele já havia alertado Alice sobre o indivíduo, com quem ela tinha união estável.

“Eu conversei com ele e com ela. Ela disse que era a vida que ela queria e ele disse que a amava. São aqueles alertas básicos de pai: ‘pra ela escolher uma pessoa do bem, uma pessoa que não tinha envolvimento com o crime”, contou.

O homem também lamentou a morte da filha. “É um momento de choque, de muita tristeza. A ficha ainda não caiu. É dor, e sobre dor cada um tem um sentimento diferenciado. É muito difícil explicar, mas é muito doloroso”, disse ele.

O Corpo da vítima foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML). De acordo com a Polícia Civil, a ocorrência encontra-se em andamento com a Polícia Militar.