Um homem de 33 anos é suspeito de importunação sexual contra adolescentes em Belo Horizonte. Ele teria abordado meninos no banheiro de um clube, onde funciona uma escolinha de futebol, no Bairro Castelo, Região da Pampulha, em Belo Horizonte. A Polícia Militar (PM) registrou um boletim de ocorrência nessa segunda-feira (31/1).
De acordo com a PM, foi o proprietário do local quem ligou para o 190 após desconfiar de um homem que estava andando pelas quadras e pelo bar do local sem consumir nada. Ele apenas observava a movimentação e entrava no banheiro com frequência.
O proprietário e funcionários, então, resolveram abordar o desconhecido, que disse que estava passando por problemas pessoais e foi até lá para se distrair. No entanto, como o dono do clube e as outras pessoas haviam notado que ele entrava no banheiro sempre quando algum adolescente ia para lá, a polícia foi acionada.
Na abordagem, os militares constataram que o suspeito não tinha passagens pela polícia, mas estava um pouco ansioso. O homem que fez a denúncia contou que alguns adolescentes já haviam reclamado do suspeito.
Foram três relatos. Em comum entre eles, os meninos disseram ter notado a presença do suspeito dentro do vestiário. Ele chegou a falar com dois deles que vendia cuecas e chegou a puxar a peça íntima de um dos adolescentes para “mostrar a diferença de qualidade”, além de fazer um comentário de cunho sexual.
Um terceiro disse que o homem o olhou por cima da cabine, mas nem ele e nem um responsável estavam no clube. Eles seriam orientados a procurar a polícia posteriormente.
Conforme a PM, o suspeito repetiu que estava passando por problemas pessoais e que, como achou que o clube era um ambiente público, foi até lá para “espairecer a mente”. Ele também afirmou que ia muito ao banheiro porque bebe muita água.
O homem também alegou que costumava comprar cuecas em São Paulo para revender em BH e por isso teria comentado com os meninos, mas disse não ter nada que comprove que ele já trabalhou com esse tipo de comércio porque algum possível comprovante estaria no celular dele. No entanto, o aparelho teria estragado na sexta à noite e ele o teria vendido no sábado (29/1).
A Polícia Civil informou, nesta terça-feira (1º/2) que foi instaurado um procedimento investigativo para apurar o caso e que o inquérito está em andamento na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente.
Com EM