Incêndio na Santa Casa de BH: diretor fala em ‘acidente grave’ e inesperado

 

Imagem de pacientes em macas do lado de fora da Santa Casa
De acordo com João Costa, os pacientes do CTI foram transferidos para outros hospitais da região (foto: Marcos Vieira/EM/D.A press)
João Costa, diretor jurídico da Santa Casa, concedeu entrevista coletiva em frente ao hospital, onde falou sobre as origens do fogo e sobre a condição dos pacientes, que precisaram deixar o prédio.

 

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“Infelizmente, a Santa Casa vem anunciar o incêndio que as senhoras e senhores têm em conhecimento. Nós tivemos, na verdade, um princípio de incêndio que acabou virando incêndio, que ocorreu no quarto 61 do nosso 10º andar. Nós temos 50 unidades de CTI nesse andar, então, nós tínhamos pacientes que tiveram que ser removidos”.

 

“Esse sempre foi (o espírito). Nós trabalhamos com amor, nós trabalhamos para os pacientes. No momento nós temos 563 brigadistas. Só nesse andar temos 13 brigadistas que atuaram diretamente e imediatamente. Agora é um pesar, é um acidente grave que nós não esperávamos que ocorresse e aí toda a nossa equipe, médicos, técnicos, enfermeiros, funcionários em geral atuaram e continuam atuando no sentido de organizar para a gente retomar o serviço”.

 

Brigadistas iniciaram combate a incêndio na Santa Casa

 

Segundo João, o combate ao incêndio começou com os próprios brigadistas da Santa Casa.

 

“Nossa brigada de incêndio começou os primeiros movimentos, utilizando extintores de incêndio, e logo chegou o Corpo de Bombeiros que aí sim atuou no sentido de debelar o incêndio, controlar”.

João disse também que ainda não é possível precisar as causas do acidente, sendo necessário o parecer do Corpo de Bombeiros para certificar os motivos.

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“Como é o CTI e as pessoas estão no oxigênio, o incêndio acabou ocorrendo um pouco por isso, o Corpo de Bombeiros vai informar para vocês o que eles, até o momento, conseguiram identificar. No momento a gente ainda não tem uma posição técnica final, mas sabemos que do início e do que gerou um pouco mais do próprio incêndio, é a existência de oxigênio, que é um componente importante que os pacientes utilizam”.

 

Ele explicou como a Santa Casa atuou no remanejamento e transferência dos pacientes internados nos andares afetados.

 

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“A Santa Casa teve que tomar providências no sentido de remanejar, evacuar, pacientes do 10º e do 9º andares. Como são pacientes de CTI, tivemos que transferir alguns, agradecemos inclusive a atenção dos órgão públicos, em particular ao Samu, que nos ajudou a transferir pacientes. Nós temos, neste momento, 15 pacientes no Hospital João XXIII, nós temos pacientes no Hospital São Lucas, alguns pacientes que tinham condições desceram, ficaram aguardando e nós estamos, neste momento, retornando com os pacientes para os leitos. Neste momento, o 10º andar ficará isolado para ser recuperado e ficar em condições de atender os pacientes da Santa Casa”.
Imagem de bombeiros na entrada da Santa Casa
Bombeiros tiveram que controlar fogo no 10º andar no hospital (foto: Marcos Vieira/EM/D.A press)

 

 

Pacientes da Santa Casa serão avaliados após incêndio

Questionado se haviam vítimas do incêndio, João afirmou que não houve feridos diretamente pelo fogo, mas que os pacientes do CTI ainda estão sendo avaliados por médicos que atestarão suas condições de saúde.

 

Perguntado se o incêndio atingiu a área infantil do hospital, João afirmou que não, havendo apenas a necessidade de remanejamento de pacientes da ala.

 

“O 10º andar é o CTI adulto. Nós tivemos que remanejar pacientes de outros andares, então algumas mães e crianças tiveram que ser remanejadas, mas não diretamente em decorrência do incêndio”.

 

Segundo o diretor, ainda não é possível avaliar os danos causados pelo fogo às estruturas do andar atingido.

 

“O Corpo de Bombeiros está, nesse momento, fazendo a verificação e depois que ele terminar a verificação técnica nós vamos atuar imediatamente para recuperar essa área para receber pacientes”.

Só um paciente estava na ala que pegou fogo

Costa contou ainda que no local onde o fogo iniciou, só havia um paciente internado e que este passa por avaliação médica para atestar suas condições de saúde.
“O 10º andar tem 50 pacientes, são cinco unidades. Nessa unidade a gente tinha um leito ocupado. Foi exatamente nesse leito, no quarto 61, onde ocorreu o incêndio. Nós tínhamos um leito ocupado. O paciente foi remanejado, nossos médicos estão avaliando e nós vamos dar informações assim que tivermos avaliações técnicas melhores”.

 

Por fim, o diretor jurídico explicou que os pacientes voltarão para seus quartos conforme os andares forem sendo liberados pelo Corpo de Bombeiros, com exceção do 10º andar, que seguirá isolado.

 

“Os pacientes que já puderem voltar, e estão neste momento voltando, do primeiro até o oitavo andar. Os bombeiros estão liberando gradualmente os andares, tendo em vista a existência de fumaça, estão verificando. O 10º andar vai ficar isolado, mas no momento que o Corpo de Bombeiros liberar, nós vamos trazendo os pacientes e é isso que estamos fazendo neste momento. Alguns pacientes foram removidos mesmo para outros hospitais, esses a gente vai acompanhar assim que tivermos condições”.

Com EM