Júpiter desaparece do céu esta semana

Estão preparados para o desaparecimento do maior planeta do Sistema Solar? Sim, Júpiter vai sumir das nossas vistas no céu noturno a partir desta terça-feira (11). Mas, fiquem tranquilos: ele não vai explodir nem nada semelhante a isso.

Vamos entender essa história:

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  • Júpiter desaparece do céu noturno nesta terça-feira;
  • Ele já vinha se “despedindo” há cerca de três semanas;
  • Nos últimos dias, era possível observá-lo extremamente perto da linha do horizonte;
  • Ao se aproximar do Sol, em um fenômeno chamado de conjunção solar, o gigante gasoso vai mergulhar no brilho da estrela;
  • Com isso, ele permanecerá por algumas semanas “escondido”, não fazendo parte da paisagem celeste noturna.
Posição dos astros no céu no exato momento em que Júpiter inicia a conjunção solar nesta terça-feira (11), momento a partir do qual ele vai desaparecer do céu noturno por algumas semanas. Imagem: Stellarium

Desde meados de março, Júpiter era visto somente durante alguns minutos após o pôr do Sol, já bem perto da linha do horizonte.

Ele está se aproximando de um momento chamado pelos astrônomos de conjunção solar, a partir do qual vai “desaparecer” por completo do céu noturno, mergulhando no brilho solar por algumas semanas.

Durante sua aproximação máxima com o Sol, Júpiter vai estar a pouco mais de um grau de distância do astro, o que vai acontecer às 18h55 (pelo horário de Brasília) desta terça.

De acordo com Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA), membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (BRAMON) e colunista do Olhar Digital, isso ocorre uma vez em cada ciclo sinodal do planeta, que é o período necessário para um corpo planetário chegar à mesma posição relativa ao Sol, quando observado a partir da Terra – que no caso de Júpiter é de 399 dias.

“Por volta de 25 de abril, ele vai reaparecer no céu noturno, no final da madrugada”, explica Zurita. “A partir daí, a cada noite, ele vai estar mais alto no céu, até sua próxima oposição, que será em 3 de novembro”.

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Na quinta-feira (13), dois dias depois de sua aproximação máxima com o Sol, Júpiter passará pelo apogeu – seu ponto mais longe da Terra – atingindo uma distância de 5,96 Unidades Astronômicas (UA) do nosso planeta, ou seja, quase seis vezes a distância entre nós e o Sol, que é de aproximadamente 150 milhões de km. Isso significa que ele estará a cerca de 894 milhões de km daqui.

Portanto, nem Júpiter nem qualquer outro planeta do Sistema Solar irá se extinguir para sempre – pelo menos, por enquanto. Trata-se apenas de uma movimentação natural pela qual todos eles passam, se tornando inacessíveis aos nossos olhos durante um determinado período.

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Fonte: Olhar Digital