Manifestação de servidores da segurança pública para a Praça Sete

Manifestação na Praça Sete
Policiais e bombeiros alcançaram a Praça Sete por volta das 11h (foto: Edésio Ferreira/Em/DA Press)
Policiais e bombeiros que participam da manifestação por reajuste salarial nesta segunda-feira (21/2) em Belo Horizonte se concentram na Praça Sete, onde tomaram todos os espaços e cobram a recomposição, atiram bombas e disparam foguetes.

O ponto de encontro do protesto foi a Praça da Estação, também no Centro. Da Praça Sete, eles devem seguir pela Avenida Amazonas, Avenida Álvares Cabral, Rua Rodrigues Caldas, até a Praça da Assembleia.

Policiais e bombeiros se reuniram na manhã desta segunda-feira (21/2) no Centro de BH em uma manifestação contra o governo Zema, que ainda não cumpriu promessa de conceder 41% de reajuste salarialEdésio Ferreira/EM/DA Press
Policiais e bombeiros se reuniram na manhã desta segunda-feira (21/2) no Centro de BH em uma manifestação contra o governo Zema, que ainda não cumpriu promessa de conceder 41% de reajuste salarial (foto: Edésio Ferreira/EM/DA Press )

Entenda

Em 2020, o governador enviou à Assembleia Legislativa o Projeto de Lei 1.451/20, que fazia recomposição de 41%, dividida em três parcelas, sendo 13% em julho de 2020, 12% em setembro de 2021 e 12% em setembro de 2022.
“Nesses últimos dias nós parlamentares e as entidades de classe temos tentado de todas as formas sensibilizar o governo, mas a paciência acabou. Sempre a mesma ladainha. Mesma chorumela. Dizem que precisam aderir ao regime de recuperação fiscal para poder dar a recomposição. Acabou paciência. Chega. Ou dão o reajuste prometido ou a segurança publica vai dar uma resposta à altura. Se não negociar a polícia vai parar”, disse o deputado estadual Sargento Rodrigues (PTB) na manifestação.

Mais cedo, em entrevista à rádio Itatiaia, o secretário-geral de Governo, Mateus Simões, disse que o estado tenta estudar alternativas para solucionar o problema do reajuste. “A gente reconhece que houve uma perda do poder de compra dos servidores como um todo, dos policiais especialmente, que não tiveram recomposição durante o mandato do último governador (Fernando Pimentel – PT). Mas, infelizmente, a questão não é o reconhecimento desse direito, é a falta de condições do estado diante das liminares do STF (Supremo Tribunal Federal) de conceder esse reajuste agora. Nós estamos atrás de alternativas. É absolutamente legítima a manifestação que vai acontecer hoje e este é um problema que tem tirado o sono de todos aqueles que fazem parte da cúpula do governo. Nós estamos buscando alternativas para entender como promover a recomposição da perda inflacionária, especialmente desse último ano em que a inflação foi muito severa”, disse.

O que diz o governo de Minas

Por meio de nota enviada no fim da manhã desta segunda-feira, o governo do estado diz que o plano de recuperação fiscal, que é discutido na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deve permitir uma nova recomposição no salário dos servidores. Confira o posicionamento na íntegra abaixo:

“Desde o início da gestão atual, o Governo de Minas vem equilibrando as contas e recuperando a capacidade financeira do Estado, o que permitiu realizar o pagamento dos salários dos servidores públicos de Minas Gerais de forma integral, no quinto dia útil do mês, além da quitação do 13º salário sem parcelamentos.

O Governo de Minas sabe da necessidade da recomposição salarial do funcionalismo público e tem feito todo o esforço para que a correção da inflação seja possível para todos os servidores estaduais. A atual gestão reconhece a importância dos profissionais das Forças da Segurança para o Estado. Por isso, eles receberam reajuste de 13% em 2020. Além disso, foram os primeiros profissionais a receberem o salário em dia. Continuamos em amplo processo de negociação com os representantes dessas categorias na busca de uma nova recomposição, porque sabemos que ela é necessária.

A renegociação da dívida bilionária com a União, por meio do plano de recuperação fiscal, permitirá uma nova recomposição dos salários dos profissionais de segurança. Continuamos em busca de outras alternativas para fazer a reposição das perdas inflacionárias.”