Metroviários farão assembleia nesta quarta (27); greve chega ao 38º dia

 

Estação do Metrô de Belo Horizonte
Esta é a segunda maior paralisação da categoria desde 2012, e o metrô de Belo Horizonte continua operando em horário reduzido, das 10h às 17h (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)

O Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro-MG) fará, nesta quarta-feira (27), às 17h30, na Estação Central, uma nova assembleia para avaliar e encaminhar o movimento da greve, que chegou ao 38º dia. Esta é a segunda maior paralisação da categoria desde 2012, e o metrô de Belo Horizonte continua operando em horário reduzido, das 10h às 17h.

Conforme Pablo Henrique Ramos, diretor de comunicação do Sindimetro-MG, a reunião será para analisar os rumos da greve, já que, até o momento, os metroviários não receberam nenhuma resposta do governo. “Pode ser que, até a assembleia ocorrer, a situação mude, mas não tivemos retorno ou novidade. A única resposta é a que eles dão para mídia, ou seja, não vão se pronunciar sobre o caso. Estamos nessa luta desesperada por conta dos nossos empregos”, disse.
O movimento paredista está próximo de se tornar o maior comparado ao ano 2012, quando a categoria interrompeu as atividades por 39 dias, entre 14 de maio e 20 de junho. Entre dezembro do ano passado e janeiro de 2021, os metroviários fizeram paralisação durante 17 dias. Na época, foi determinada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) a escala mínima no metrô, de 5h30 às 10h e das 16h30 às 20h. Houve também dois dias de suspensão total das atividades.
A categoria protesta contra a privatização do metrô de BH, e solicita a manutenção da estabilidade dos cargos ou a realocação dos funcionários (mais de 1,5 mil trabalhadores) em outras unidades da Companhia Brasileira de Trens Urbana (CBTU) pelo país quando for concedido à iniciativa privada. Não há previsão para o encerramento do movimento paredista.

Outro lado

A Companhia também ressaltou que, no último dia 30, foi feita uma reunião de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho 2022/2023 e propôs a aplicação de 100% do IPCA como reajuste salarial, mas a categoria não aceitou. Ao todo, mais de 70 mil passageiros são prejudicados diariamente.

*Estagiária sob supervisão da subeditora Jociane Morais

Com EM