‘Rolezinhos’ de moto: PM prende mais de 700 pessoas e apreende 2,4 mil veículos em Minas Gerais

Mais de 700 pessoas foram presas por participar dos chamados “rolezinhos” de moto em Minas Gerais no final deste ano. Em operação conduzida pela Polícia Militar, 2.409 motocicletas foram apreendidas. Os dados foram divulgados neste sábado (30).

Os chamados “rolezinhos” têm acontecido em cidades de Minas Gerais, reunindo motociclistas que realizam manobras proibidas e colocando em risco a segurança da população. Além das manobras perigosas, os eventos são marcados por equipamentos barulhentos.

Na Grande Belo Horizonte, um homem foi preso e sete veículos foram apreendidos nesta sexta-feira (29). Além disso, uma moto roubada foi recuperada e uma réplica de arma de fogo foi retida pelos policiais. Em todo o estado, o número de detidos chegou a 788. Desses, 58 eram menores de idade.

Entre as infrações cometidas pelos envolvidos estão a direção perigosa e perturbação do sossego. Segundo o diretor de Operações da PMMG, coronel Flávio Godinho, as apreensões fazem parte da operação Ano Novo Seguro, que vale também para este domingo (31).

“Entre as ações planejadas pela PM, haverá o monitoramento de redes sociais pelo serviço de inteligência e aumento do efetivo policial e de viaturas, inclusive motocicletas policiais, além de uso de aeronaves para identificar os possíveis locais de aglomeração para a prática dos chamados ‘rolezinhos’ de moto”, explica.

“Vale destacar que muitas pessoas utilizam as motocicletas para o trabalho e deslocamentos e que a operação terá como foco aqueles que utilizam esses veículos para cometer crimes”.

Infração gravíssima

De acordo com a comandante do Batalhão de Polícia de Trânsito, tenente-coronel Cláudia Godinho, o condutor que participa na via de eventos organizados sem permissão comete infração gravíssima, que tem como medida administrativa a remoção do veículo, multa no valor de R$ 2.934,70 e suspensão do direito de dirigir.

“O condutor que, além da participação, realizar corrida, disputa ou manobras que coloquem em risco a incolumidade pública e privada, comete crime”, afirmou.

Isabella Guasti[email protected]

Redatora do BHAZ desde 2021. Jornalista graduada pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022 e também de reportagem premiada pelo Sebrae Minas em 2023.

Com BHZ