Saiba como fica a situação dos usuários que têm saldo no BHBus após reajuste da tarifa

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Uma portaria emitida pela Sumob explica que o poder de compra dos usuários do BHBus será mantido em duas ocasiões após o reajuste (Tom Braga/PBH)

A partir deste domingo (23), os moradores de Belo Horizonte pagarão uma tarifa de R$ 6 para andar de ônibus na capital. A medida provocou revolta entre os usuários do serviço, além de ter despertado algumas dúvidas.

Uma delas é: como fica o valor da passagem para aqueles que possuem o cartão BHBus? Uma portaria emitida pela Sumob (Superintendência de Mobilidade do Município de Belo Horizonte) explica que o poder de compra dos usuários será mantido em duas ocasiões.

Aqueles que possuem o Vale Transporte, ou seja, o cartão cuja empresa deposita os créditos aos funcionários, continuarão podendo adquirir o mesmo número de passagens de quando a tarifa era R$ 4,50 até que o bilhete seja recarregado.

Já os moradores da capital que possuem o cartão Usuário, ou seja, aquele que é recarregado pelo próprio usuário, também continuarão pagando o mesmo valor na tarifa pelos próximos 45 dias após o reajuste, até que o saldo do cartão chegue ao fim.

Nesse caso, ainda de acordo com a Sumob, o saldo dos usuários poderá, ainda, ser “trocado por créditos eletrônicos de um novo lote, sem qualquer ônus para os usuários”.

Aumento da passagem

O reajuste da tarifa de ônibus foi anunciado na última quarta-feira (19) pela Prefeitura de Belo Horizonte. A partir de domingo, a passagem do coletivo na capital mineira passará a ser de R$ 6.

A decisão foi tomada após audiência no Tribunal de Justiça de Minas Gerais entre representantes da prefeitura de BH e das empresas que integram os consórcios do transporte público da cidade.

No mesmo acordo, foi definida tarifa zero para linhas de vilas e favelas e ampliação do programa social “Cartão BHBus – Benefício Inclusão”.

A prefeitura argumenta que enviou projeto de lei para a Câmara de BH no qual prevê novo modelo de remuneração do sistema de transporte de ônibus e que a nova tarifa deve vigorar até que o texto seja apreciado pela casa Legislativa.

“A Prefeitura reforça seu compromisso em arcar com parte dos custos do sistema de transporte para aliviar o ônus no bolso do cidadão. A intenção é que a diferença entre as receitas e os custos do sistema seja paga pela Prefeitura, em função do quilômetro rodado. A conta é matemática e depende do montante financeiro disponível no orçamento municipal. Quanto maior o subsídio, menor será a tarifa”, diz o comunicado.

Edição: Giovanna Fávero

Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

Com BHZ