S. acabou assassinada meses depois,em 29 de janeiro do ano seguinte. Na manhã daquele dia, Jéssica chamou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) dizendo que a bebê havia se asfixiado com o leite de mamadeira.
A equipe tentou reanimar a criança, sem sucesso. Ela já chegou morta ao Hospital Odilon Behrens. No Instituto Médico Legal (IML), segundo aponta as investigações, os médicos detectaram a ausência de leite nas vias aéreas da criança, mas indícios de asfixia.
Nas fases iniciais das apurações, a mulher foi ouvida e depois liberada, por ausência de requisitos necessários para prisão em flagrante. Depois disso, ela se separou do marido e foi para Duque de Caxias, no interior do Rio de Janeiro, onde acabou presa em 24 de maio do mesmo ano.
Conforme a sentença, em interrogatório, a mulher negou os fatos da denúncia. Ela disse que teve depressão pós-parto e sofria de crises frequentes. Ela também negou ter o costume de agredir a menina.
No documento, a Justiça mineira relata a existência de um laudo de exame de sanidade mental realizado em Jéssica, “o qual foi conclusivo em apontar que a mesma estava com as capacidades de entendimento e determinações preservadas”.
No júri de 2018 que levou à condenação dela pela morte da criança, o advogado alegou que a mulher tinha diagnóstico de depressão e esquizofrenia e que tomava vários remédios, chegando a ficar internada. O defensor também alegou que a mulher sofreu abuso sexual de um irmão até os 10 anos de idade e que foi agredida enquanto estava presa.
A sessão começou por volta das 9h no Terceiro Tribunal do Júri no Fórum Lafayette, no Barro Preto, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. O júri é composto por três homens e quatro mulheres.
Segundo a assessoria de imprensa do tribunal, hoje, diante da juíza Fabiana Cardoso Gomes Ferreira, a ré disse ter problemas “de cabeça” e que, por causa das crises, batia na filha. Ela não respondeu às perguntas do promotor.
Com EM